Embrapa lança projeto para conservação da biodiversidade brasileira
Em parceria com Onu projeto visa conservar a biodiversidade brasileira em paisagens de vários usosA Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que o Projeto Bem Diverso, liderado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD) está entre os eleitos da Segunda Chamada da Boas Práticas, Histórias de Sucesso e Lições Aprendidas ODS 2020/2021.
As ações desenvolvidas pelos pesquisadores da Empresa ganharam destaque por conterem um conjunto de práticas que englobam os problemas enfrentados pelas comunidades locais nos sistemas de produção, no processamento e comercialização de produtos e no acesso ao crédito e políticas públicas em seis territórios da cidadania nos biomas Amazônia (Alto Acre e Capixaba e Marajó), Caatinga (Sertão do São Francisco e Sobral) e Cerrado (Médio Mearim e Alto Rio Pardo).
Segundo o pesquisador Anderson Sevilha, líder do Bem Diverso, dentro das linhas de ação que contemplem as diferentes atividades desse trabalho são abordadas questões culturais, educacionais, de saúde, energia limpa, ambiental, econômica e de inclusão de jovens e de gênero. É dessa forma que são abordadas de forma transversal a cada um dos temas para incorporar a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 (ODS) ao projeto.
As ações na prática
De acordo com Anderson Sevilha foram desenvolvidas uma série de diagnósticos socioeconômicos e ambientais em todas as cadeias produtivas relacionadas à Integração da conservação da biodiversidade e uso sustentável em práticas de produção de produtos florestais não-madeireiros (PFNM) e Sistemas Agroflorestais (SAF) de uso múltiplo de alto valor de conservação. Isso fez com que fosse possível identificar os gargalos e oportunidades, bem como definir a linha de base do projeto para facilitar o monitoramento.
“O interessante é que todas as atividades ocorreram em conjunto com as comunidades locais, técnicos, extensionistas, pesquisadores, professores, alunos e outros beneficiários, construímos um programa de capacitação nas linhas de ação do projeto: sistemas produtivos, beneficiamento de produtos, comercialização e acesso ao crédito e políticas públicas. Todas as atividades foram planejadas de forma a alcançar a independência e replicabilidade das ações da comunidade local, considerando o conhecimento das comunidades locais e a validação das práticas tradicionais no processo de capacitação”, comenta Sevilha.
Outro dado importante é que foi levado em consideração o acesso ao mercado, com mapeamento das demandas e de acesso. As comunidades envolvidas nos seis territórios da cidadania também receberam uma série de treinamentos em conservação da biodiversidade, manejo de espécies e ecossistemas e restauração ecológica para produzir produtos da agrobiodiversidade com valor ambiental agregado aos produtos.
Com informações da Embrapa
Fonte: Embrapa