Novo bioinsumo aumenta em até 20% a produtividade da cana-de-açúcar

O aumento de produtividade, segundo dados da pesquisa da Embrapa, chega a 20%
Por Redação
Foto: Paulo Lanzetta/ Embrapa
Lavouras obtiveram ganhos de 12 t por hectare com a aplicação de metade da quantidade de fertilizantes fosfatados

Duas bactérias identificadas pela Embrapa em seu banco de microrganismos, capazes de aumentar a absorção de fósforo pelas plantas, mostram ganhos obtidos na cultura da cana-de-açúcar. O aumento de produtividade, segundo dados da pesquisa da Embrapa, chega a 20% com o primeiro inoculante solubilizador de fósforo desenvolvido no País, com recomendações agronômicas validadas para a cultura da cana-de-açúcar, identificada como Omsugo ECO e comercializada pela multinacional Corteva Agriciência . O novo bioinsumo promove a redução da aplicação de adubos fosfatados, gerados em ganhos biológicos e mais sustentabilidade ambiental.

As duas cepas de bactérias que deram origem ao inoculante – Bacillus subtilis (CNPMS B2084) e Bacillus megaterium (CNPMS B119) – foram selecionadas a partir dos acessos da Coleção de Microrganismos Multifuncionais e Fitopatógenos (CMMF ) da Embrapa Milho e Sorgo (MG). “Esse acervo tem enorme potencial em oferecer soluções para o aumento de produtividade de diversas culturas agrícolas, com foco em sustentabilidade e descarbonização da agricultura”, enfatiza Myriam Maia Nobre , chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo, ao informar que a coleção possui 11 mil registros.

De acordo com a pesquisadora Christiane Paiva , líder da equipe desenvolvedora do estudo, as cepas dessas transformações, a partir de manobras distintas, promovem maior crescimento das raízes e solubilização do fósforo adsorvido no solo. “Realizamos pesquisas com foco na cultura da cana, definindo as doses e quais seriam as recomendações de uso do inoculante Omsugo ECO para buscarmos o melhor custo-benefício para o produtor rural. Tive relatos de ganhos médios de cerca de 12 toneladas por hectare nas áreas onde os produtores realizaram testes com o produto, se descobertos com áreas sem aplicação”, reforça.

Para mais informações sobre a pesquisa acesse o site da Embrapa.

Fonte: Embrapa

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