Superávit da balança comercial sobe 18,4% e chega a US$ 7,53 bilhões no ano
Dados da Secex até a segunda semana de março mostram corrente de comércio de US$ 101,16 bilhõesA balança comercial brasileira atingiu superávit de US$ 7,53 bilhões no acumulado do ano, até a segunda semana de março, com alta de 18,4% pela média diária, sobre o período de janeiro a março de 2021. Já a corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegou a US$ 101,16 bilhões, com crescimento de 24,5%. As exportações em 2022 já somam US$ 54,35 bilhões, com aumento de 24,1%, enquanto as importações subiram 25,1% e totalizam US$ 46,81 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14/03) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
No acumulado do mês, as exportações cresceram 38,2% e somaram US$ 11,70 bilhões, enquanto as importações subiram 30,3% e totalizaram US$ 8,10 bilhões. O resultado foi um superávit de US$ 3,60 bilhões, em alta de 60,2%, com corrente de comércio de US$ 19,80 bilhões, subindo 34,9%.
Apenas na segunda semana de março, as exportações somaram US$ 7,13 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 5,13 bilhões. Assim, a balança comercial registrou o superávit de US$ 2,00 bilhões e a corrente de comércio alcançou US$ 12,26 bilhões.
Exportações no mês
Nas exportações, comparadas a média diária até a segunda semana deste mês (US$ 1,462 bilhão) com a de março de 2021 (US$ 1,058 bilhão), houve crescimento de 38,2%, com aumento nas vendas da Indústria Extrativista (+21,4%), da Indústria de Transformação (+48,3%) e da Agropecuária (+39,3%).
Na Indústria Extrativista, os destaques foram o aumento das exportações de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+49%); minérios de cobre e seus concentrados (+46,8%); minérios de níquel e seus concentrados (+407,5%); outros minerais em bruto (+63%) e outros minérios e concentrados dos metais de base (+52,4%).
Já na Indústria de Transformação, o crescimento foi puxado pelas vendas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+129,4%); farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (+112,6%); gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (+296,2%); celulose (+60,2%) e carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+41,4%).
Entre os produtos agropecuários, a alta das exportações refletiu, principalmente, o crescimento nas vendas de soja (+29,1%); café não torrado (+96,9%); trigo e centeio, não moídos (+3.113,8%); algodão em bruto (+37,1%) e especiarias (+75,3%).
Importações no mês
Nas importações, a média diária até a segunda semana de março de 2022 (US$ 1,012 bilhão) ficou 30,3% acima da média de março do ano passado (US$ 776,75 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente as compras da Indústria de Transformação (+32,9%) e de produtos da Indústria Extrativista (+36,8%). Por outro lado, as compras da Agropecuária tiveram uma leve redução (-0,4%).
Na Indústria de Transformação, o aumento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+177,5%); válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (+103,9%); compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (+92,3%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+51,7%) e inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (+111,3%).
Na Indústria Extrativista a alta nas importações se deve, principalmente, à compra de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+93,2%); gás natural, liquefeito ou não (+ 21,6%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+24,4%); outros minérios e concentrados dos metais de base (+47,7%) e fertilizantes brutos, exceto adubos (+41,1%).
Fonte: Ministério da Economia