Desligamentos por morte na educação mais que dobra no início de 2021

De acordo com relatório do Dieese, Foram 1.479 desligamentos por morte de janeiro a abril deste ano
Por Redação
Foto: Grande Piauí

De acordo com o boletim "Emprego em Pauta", divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, DIEESE, nos primeiros quatro meses de 2021, a quantidade de desligamentos de trabalhadores/as por morte no Brasil aumentou 89%, saindo de 18.580 para 35.125. Na educação esse número mais do que dobrou. O setor foi o quarto com o maior registro de contratos formais extintos devido ao falecimento de trabalhadores/as.

Conforme aponta o relatório, o número de contratos de trabalho extintos por morte na área da educação cresceu 128% nos primeiros quatro meses de 2021, na comparação com o mesmo período no ano passado. O aumento no número de desligamentos por morte entre os trabalhadores da educação foi mais acentuado nos três estados com as maiores taxas de mortalidade por covid-19: Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.

Dos cinco setores com maior aumento da quantidade de desligamentos por morte, a educação é o que, em números absolutos, mais teve contratos extintos devido a óbitos:

Foto: ministério da economia

  Conforme aponta o gráfico abaixo, número de desligamentos por morte mais do que dobra nos primeiros meses de 2021.

Foto: ministério da economia

Entre as diferentes ocupações do setor, os profissionais do ensino (professores/as ecoordenadores/as, entre outros) foram os que mais tiveram vínculos encerrados por morte: 612, em 2021.Os trabalhadores/as dos serviços – que apoiam as atividades dos/as professores/as - formaramo segundo subgrupo mais afetado, com 263 desligamentos por morte. Pertencem a esse grupofaxineiros/as, porteiros/as, zeladores/as e cozinheiros/as.

Os trabalhadores/as com menos de 30 anos foram menos afetados/as. Ainda assim, nos primeiros quatro meses de 2021, os desligamentos por morte entre pessoas com idade entre 25 e 29 mais do que dobrou. Entre os trabalhadores/as na faixa etária entre 30 e 39 anos, o aumento foi de 148 %.

Fonte: DIEESE

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