Tempestade geomagnética pode causar impacto na comunicação no planeta; Entenda
A intensificação do fenômeno ocorrerá em outubro e pode gerar impacto sobre a conectividade mundialEquipes da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional (COGEO/ON) registraram a maior tempestade geomagnética do atual ciclo solar durante um trabalho de campo para aquisição de dados geofísicos realizado em março nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em junho uma intensa atividade solar atingiu seu auge e deve provocar tempestades geomagnéticas até outubro deste ano.
As tempestades geomagnéticas são causadas pela interação de grandes quantidades de partículas solares, conhecidas como ejeções de massa coronal, com o campo magnético da Terra. Os efeitos desse fenômeno podem ser observados em várias partes do mundo como, por exemplo, as auroras, que são geralmente visíveis em regiões polares. Além disso, as tempestades podem interferir em sistemas de comunicações e rotas de satélites, além de disparos falsos em dispositivos de proteção.
A tempestade geomagnética ocorrida no fim de março foi registrada por um conjunto de 19 aparelhos geofísicos magnetotelúricos (MT) instalados em campo entre 4 março e 3 de abril pelas equipes de Geofísica do ON. Através desse método, que analisa as variações do campo magnético terrestre, os cientistas puderam observar a intensidade da tempestade geomagnética e suas potenciais consequências na condutividade das rochas terrestres.
Durante períodos de alta atividade solar, o risco de interferências em sistemas de navegação e comunicação aumenta significativamente, prejudicando a tecnologia moderna.
Diante da possibilidade de uma nova tempestade ocorrer daqui a três meses, serviços essenciais, como bancos, hospitais e sistemas de transporte seriam afetados, causando um caos semelhante ao do Evento de Carrington, porém em uma escala maior.
Fonte: observatório nacional