Tipo sanguíneo raro é identificado em mulher indígena no Piauí

O Laboratório de Imuno-hematologia do Hemopi rastreou o fenótipo
Por Redação
Foto: Divulgação HEMOPI
Mulher indígena com tipo sanguíneo raro é residente no Maranhão

O Laboratório de Imuno-hematologia do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí – Hemopi, identificou um fenótipo raríssimo, que ainda não tinha sido catalogado no estado do Piauí. A paciente é uma mulher indígena que está internada em um hospital da rede pública em Teresina e precisou de uma transfusão sanguínea nesta segunda-feira 28. Ao analisar a amostra da paciente, a equipe do Laboratório foi surpreendida com a presença do anticorpo raro, conhecido como Anti-Dib.

Segundo o HEMOPI, esse tipo de anticorpo é mais prevalente em países como China, Japão ou nas populações indígenas sul americanas. A chance de encontrar um doador compatível é de 1 % na população geral.

"Realizamos esforços para encontrar doadores e tivemos sucesso de encontrar na família da paciente, dois doadores compatíveis. A família reside em comunidades indígenas localizadas no interior do Estado do Maranhão’”, explica Pedro Afonso Sousa, supervisor do laboratório de Imuno-Hematologia do Paciente do Hemopi.

Segundo a Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea (ISBT) existem, atualmente, 44 sistemas que descrevem mais de 354 antígenos diferentes e esse número não é definitivo. Entre os antígenos já conhecidos, alguns são extremamente raros, como esse encontrado na paciente internada no Piauí.

O antígeno Dia original é muito raro em pessoas de ascendência europeia ou africana, mas tem uma prevalência de 5% em pessoas de ascendência asiática e uma prevalência ainda maior nos povos originários da América do Norte e do Sul, chegando a 54% entre os indígenas Kainganges do Brasil. Já o Antígeno Dib, está presente na maioria da população.

Fonte: hemopi

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