Mulheres e meninas formam 90% dos deslocados pela guerra na Ucrânia
Diretora executiva da ONU Mulheres disse que ucranianas estão expostas a riscos ligados ao gêneroCerca de 10 milhões de pessoas já foram forçadas a sair de suas casas desde que a guerra na Ucrânia começou sendo que mulheres e meninas representam 90% dos deslocados. O número equivale a quase 25% da população ucraniana.
Os dados foram apresentados pela diretora-geral da ONU Mulheres. Sima Bahous faz um apelo ao fim imediato da guerra e destaca que as ucranianas estão “expostas a riscos relacionados ao gênero, como tráfico humano, violência sexual e acesso impedido a serviços e bens essenciais.”
Segundo Bahous, já existem relatos de que alguns desses riscos estão ocorrendo. Por isso, ela apelou por uma “resposta urgente da comunidade internacional para garantir prioridade aos direitos e necessidades das mulheres e meninas” deslocadas pelo conflito na Ucrânia.
Segundo ela, as mulheres de ONGs no país e em nações vizinhas estão qualificadas para ajudar, fornecendo todo o apoio para as ucranianas que estão arriscando suas vidas.
Comida, abrigo, assistência legal, apoio de saúde mental e ajuda para os que estão em fuga estão entre os serviços prestados.
A chefe da ONU Mulheres pede apoio a todas essas organizações e garantias de corredores humanitários, uma medida, que segundo ela, é “imperativa”.
A ONU Mulheres reforçou o apelo do secretário-geral António Guterres por um cessar-fogo imediato. Além de fornecer serviços essenciais no terreno, a agência das Nações Unidas faz levantamentos para garantir que todos que trabalham na resposta ao conflito tenham os dados mais recentes e análises sobre as “dinâmicas de gênero durante a guerra e seus impactos” nos civis.
Os especialistas da ONU Mulheres têm “experiência em investigar casos de abuso ou violência sexual e de exploração de mulheres e de meninas no contexto da guerra” e estão, inclusive, trabalhando em conjunto com a Comissão de Inquérito das Nações Unidas sobre a Ucrânia, estabelecida pelo Conselho de Direitos Humanos.
Fonte: ONU News