OMS vê esperança para 2023 com redução de surtos e pandemia
Diretor-geral da agência afirma que apesar de 2022 ter sido difícil, notícias são animadoras.O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, fez um balanço global da saúde no último ano e falou das expectativas para 2023.
Ele lembrou que 2021 foi desafiador após a variante da Covid-19, Omicron, ser identificada e começar a se espalhar.
Mortes por Covid-19
O chefe da OMS lembra que, naquela época, a Covid-19 estava matando 50 mil pessoas por semana. Mas somente, na semana passada, menos de 10 mil pessoas perderam a vida. Para ele, o número ainda é alto e há muito o que fazer para evitar novos óbitos.
Tedros espera que, em algum momento de 2023, a Covid-19 deixe de ser uma emergência de saúde global. Em janeiro, o Comitê de Emergência se reunirá para decidir se declara ou não o fim da emergência. Ele explicou que o vírus veio para ficar e que todos os países devem aprender como gerenciar isso junto com outras doenças respiratórias, incluindo influenza e RSV, ambas circulando intensamente em muitos países.
A OMS está respondendo a 53 emergências classificadas e, no ano passado, foram mais de 200 surtos. O surto global de varíola M, como passou a ser chamada a varíola dos macacos, uma doença quase desconhecida fora da África, pegou o mundo de surpresa.
Mais de 82 mil casos foram relatados em 110 países, embora a taxa de mortalidade permaneça baixa, com 65 mortes. As notificações, por semana, caíram mais de 90% desde a declaração da emergência de saúde pública de interesse internacional, em julho.
Tedros informou que se a tendência atual continuar, é esperado que no próximo ano também possa ser declarado o fim dessa emergência.
O diretor-geral da OMS lembrou que a saúde da população mundial continua ameaçada por muitas causas que não aparecem nos noticiários com tanta frequência, como o uso do tabaco, que ainda mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. E as dietas prejudiciais, que estão levando a taxas crescentes de obesidade, diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e muito mais.
Tedros citou ainda o progresso contra o HIV, a malária e a tuberculose que estagnou ou retrocedeu. Ele lembrou que apenas metade da população mundial tem acesso a serviços de saneamento seguro. O impacto na saúde mental durante a pandemia e o preço alto de serviços essenciais de saúde também foram mencionados.
Fonte: ONU News/ OMS