Bebê de um mês morre de diarreia em abrigo de venezuelanos em Teresina-PI
O coletivo Piauí Indígena usou a rede social para denunciar a falta de acompanhamento médicoUma criança de um mês, indígena da etnia Warão, morreu em decorrência de uma infecção intestinal em um dos abrigos destinados aos venezuelanos em Teresina, sob coordenação da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi). O caso ocorreu na última terça-feira (8).
Um bebê de um mês, indígena da etnia Warão, morreu em decorrência de uma infecção intestinal em um dos abrigos destinados aos venezuelanos em Teresina, sob coordenação da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi). O caso ocorreu na última terça-feira (8).
O coletivo Piauí Indígena usou a rede social para denunciar a falta de acompanhamento médico aos venezuelanos. Segundo a entidade, os pais da criança foram sozinhos ao hospital público. Os indígenas falam e compreendem pouco o português.
"Em uma cidade referência em saúde como nossa capital, em uma cidade com um prefeito médico, uma criança indígena sob os cuidados de sua gestão, morreu em decorrência de uma diarreia. Hoje, nossos parentes Warao choram por essa vida que viveu tão pouco tempo entre nós. Hoje, mais uma mãe e pai indígena choram, pois seu bebê não está mais em seus braços", declarou o coletivo.
A Semcaspi confirmou o falecimento do Euclide Moreno Mendoza, que estava acolhido no abrigo Emater, localizado na BR 343, em Teresina. A secretaria informou que a mãe do bebê, Sophia Maria Mendoza, 19 anos, recebeu todo o acompanhamento necessário, inclusive, durante o período gestacional.
De acordo com o Retalório Situacional, elaborado pelo Serviço de Acolhimento Institucional, Sophia Mendoza foi a Unidade Básica de Saúde Estaca Zero para o encerramento do pré-natal e do acompanhamento puerperal, sob a companhia da educadora social do abrigo. A mãe venezuelana contou que não estava amamentando o filho e em troca estaria oferecendo um leite, que não era compatível com a sua idade.
Com as orientações médicas, a Semcaspi disse que providenciou um leite adequado e 13 dias depois a criança apresentou infecção intestinal. Os pais retornaram com o bebê para UBS, onde foram orientados a dar paracetamol e simeticona, além de substituir novamente o leite. Euclide morreu no dia seguinte.
Fonte: Redação