Florentino solicita inclusão de piauienses no Livro Heróis e Heroínas da Pátria

O deputado federal Florentino Neto (PT-PI) apresentou nesta quarta-feira (6) dois projetos de lei propondo a inserção de  Esperança Garcia e de Leonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Os dois piauienses entraram para a história pela luta em defesa da liberdade e da vida. 

Esperança Garcia, considerada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) como a primeira advogada piauiense, foi uma escrava que sabia ler e escrever, e em 6 de setembro de 1770, encaminhou uma petição ao governador da Capitania denunciando a violência e humilhação que crianças e mulheres passavam e pedia providências. Ela se tornou um símbolo de resistência ao regime escravocrata brasileiro. 

Leonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco foi um paladino da liberdade que liderou tropas na Guerra contra Fidié, quando o povo piauiense decidiu libertar-se do jugo português e garantir sua adesão à Independência do Brasil. Foi líder das forças Brasileiras na Batalha do Jenipapo ocorrida no dia 13 de março de 1823 às margens do riacho de mesmo nome na vila de Campo Maior, Piauí, um dos confrontos mais sangrentos da Guerra da Independência do Brasil. Também envolveu-se na Confederação do Equador, protestando contra o centralismo do poder monárquico. 

De acordo com o deputado Florentino, esses dois piauienses merecem ter os nomes registrados no Livro ao lado de heróis e heroínas como Tiradentes, Anita Garibaldi, Chico Mendes, Zumbi dos Palmares, Dandara dos Palmares, Machado de Assis, Chico Xavier e Santos Dumont . “Eles foram protagonistas da liberdade e merecem esse reconhecimento pelo papel histórico que desempenharam no passado e que foram fundamentais para a construção do Brasil de hoje”, destaca o parlamentar. 

Herói ou heroína da pátria é um título dado a personalidades que tiveram papel fundamental na defesa ou na construção do país. O nome é registrado no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria — ou Livro de Aço, pois a obra é formada por páginas de aço — abrigado no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Criado em 1992, o livro reúne protagonistas que dedicaram sua vida ao país em algum momento da história. A inscrição de um novo personagem depende de lei aprovada no Congresso. “ Já protocolamos os dois projetos e agora vamos acompanhar a tramitação dos mesmos nas Comissões. Estamos otimistas com a possibilidade de homenagearmos esses dois grandes piauienses”, fala Florentino. 

Segundo ele, até março de 2023, 64 títulos foram inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, sendo 51 homens e 13 mulheres. São militares, escritores ou intelectuais, revolucionários, políticos, enfermeiros, inventores, músicos e um imperador. “A nossa ideia é incluir os nomes de Esperança Garcia e Leonardo  de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco nesse livro que é fonte de pesquisa e orgulho de todos os brasileiros”.