Fiocruz registra aumento de Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave
Dados foram divulgados em boletim desta quinta-feira 5Em Boletim do InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (5) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi registrado na população adulta em vários estados do Brasil.
De acordo com a fundação, nos meses de fevereiro e março o dado foi observado apenas na população infantil (0 a 4 e 5 a 11 anos). Referente à Semana Epidemiológica (SE) 17, de 24 a 30 de abril, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 2 de maio. Nesse período, as estimativas apontam para 4,7 (4,1 – 5,5) mil casos, dos quais cerca de 2,3 (1,7 – 3,0) mil são em crianças de 0 a 4 anos.
Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, a principal suspeita é que esse sinal de possível aumento na população adulta esteja associado ao Sars-CoV-2 (Covid-19), que tem apresentado leve crescimento na positividade entre os casos leves, mas pode também estar associado a um eventual retorno do vírus Influenza A (gripe). "Os dados laboratoriais associados aos casos de SRAG ainda não nos permitem precisar. As próximas atualizações poderão trazer maior clareza. De qualquer forma, é importante que a rede laboratorial esteja atenta a possibilidade de circulação simultânea desses dois vírus respiratórios, testando para ambos sempre que possível para que possamos ter dados adequados para a caracterização de quais desses vírus estão causando essas internações", disse ele.
O Boletim aponta que 14 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 17: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. As demais apontam sinal de queda ou estabilidade na tendência de longo prazo. No entanto, Goiás apresenta sinal de crescimento na tendência de curto prazo (últimas três semanas).
Fonte: Fiocruz