Na reta final do Censo, IBGE faz campanha em condomínios de alta renda

No fim de março, o IBGE promoveu ação semelhante em 20 estados, com nome Favela no Mapa
Por Redação

Foto: Michel Barbosa Telles/IBGE Cimar Azeredo, presidente interino do IBGE, participou da mobilização em frente a um condomínio
Cimar Azeredo, presidente interino do IBGE, participou da mobilização em frente a um condomínio
Foto: Michel Barbosa Telles/IBGECimar Azeredo, presidente interino do IBGE, participou da mobilização em frente a um condomínio
Cimar Azeredo, presidente interino do IBGE, participou da mobilização em frente a um condomínio

A maior riqueza de um país é sua informação. E para coletar a informação ainda não captada no âmbito do Censo Demográfico 2022, o IBGE promoveu, no sábado (15), a Ação de Mobilização do Censo em Áreas de Alta Renda – Condomínios no Mapa. Equipes de recenseadores e servidores do Instituto participaram de eventos de conscientização Brasil afora, em 18 estados da Federação.

“Neste esforço final de recenseamento, queremos sensibilizar os moradores de áreas de alto poder aquisitivo sobre a importância de responder ao Censo”, explica Cimar Azeredo, presidente interino do IBGE, que participou da ação no Rio de Janeiro. Enquanto a média nacional de não resposta ao Censo é de 5,5%, a recusa em receber o recenseador chega a 30% em alguns blocos de condomínios de alto padrão. Os postos de coleta Barra da Tijuca 1,2,3,4 ainda apresentam percentuais de recusa que vão de 10,4% a 17,7%.

Além do Rio, capitais como São Paulo, Palmas e Cuiabá registram porcentagens de não resposta acima da média, em boa parte devido à recusa de residentes em setores de alta renda. Postos de coleta em bairros como Moema, Jardim Paulista e Itaim Bibi registram taxas acima de 20%.

As cidades em que houve mobilização Condomínios no Mapa foram: Rio Branco (AC), Macapá (AP), Fortaleza (CE), Vitória (ES), Rio Verde (GO), São Luís (MA), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Belém (PA), Maringá (PR), Recife (PE), Teresina (PI), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Boa Vista (RR), São Paulo (SP), Aracaju (SE) e Palmas (TO). O município de Palhoça, na Região Metropolitana de Florianópolis (SC), fará ação nesta quarta-feira (19), enquanto Brasília (DF) já realizou no dia 13.

No fim de março, o IBGE promoveu ação semelhante em 20 estados, com nome Favela no Mapa. Focada nos aglomerados subnormais, contou com parceria da Central Única das Favelas (Cufa) e do Data Favela em seis estados – Bahia, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, e conseguiu reverter, em boa parte dessas áreas, os números de recusa. Em Paraisópolis, na capital paulista, o total de domicílios sem entrevista caiu de 25,1% (antes da campanha) para 16,3% após a ação de conscientização do IBGE. Na favela carioca da Rocinha, a taxa passou de 15,5% para 12,3%, e segue em queda.

Os recenseadores continuam em ação até o fim de abril, na tentativa de captar o maior número de informações em todos os domicílios ainda sem resposta. Quem ainda não respondeu ao Censo pode telefonar para o número 137 e agendar entrevista.

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