Caminhoneiro dirige por mais de 48 horas sem parar e acaba autuado pela PRF

o condutor ainda apresentou teste positivo para a ingestão de bebida no etilômetro.
Por Redação

Foto: Divulgação PRF Foto Ilustrativa
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Na madrugada de terça-feira (23), durante a operação Rodovida, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Piauí flagrou um caminhoneiro que estava dirigindo há mais de 48 horas sem parar. O incidente ocorreu na BR 316, KM 20, em Teresina. O motorista, um homem de 47 anos, foi autuado e obrigado a realizar o descanso obrigatório de 11 horas, conforme exige a Lei nº 13.103/2015, a conhecida "Lei do Motorista".

A abordagem aconteceu durante uma fiscalização de rotina, em que os policiais solicitaram as documentações do motorista e o disco do tacógrafo — aparelho responsável por registrar informações sobre distância, velocidade e tempo de direção de veículos de grande porte. Para surpresa dos agentes, os dados do tacógrafo indicaram que o motorista estava há mais de 48 horas sem parar para descanso, o que contraria a legislação que exige, ao menos, 8 horas de descanso ininterruptas nas últimas 24 horas.

Além da infração relacionada ao tempo de direção, o condutor foi convidado a realizar o teste do etilômetro, que resultou positivo para álcool. O exame apontou 0,10 mg/l de álcool no ar expelido pelos pulmões, configurando uma infração gravíssima. Como consequência, o motorista recebeu uma multa de R$ 2.934,70 (10 vezes o valor da multa gravíssima), além de 7 pontos na carteira de habilitação e suspensão da CNH por 12 meses, com obrigatoriedade de realizar um curso de reciclagem em autoescola.

A PRF reafirma seu compromisso com a segurança nas rodovias e a preservação da vida, removendo de circulação motoristas que representem riscos para a segurança viária. Somente neste ano, já foram apreendidas 5.485 unidades de anfetaminas (popularmente conhecidas como "rebites"), representando um aumento de 36,71% em relação às apreensões de 2023, que somaram 4.012 unidades.

Esse medicamento, proibido pela ANVISA, é frequentemente associado a casos em que motoristas profissionais o utilizam para prolongar o tempo ao volante e percorrer longas distâncias. No entanto, seu uso provoca um efeito rebote, em que o efeito estimulante desaparece repentinamente, levando ao risco de "apagões" por parte do condutor — uma condição perigosa que pode resultar em graves acidentes.

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