ONU prevê aumento de até 3° C nas temperaturas globais nos próximos anos

Segundo as nações unidas um dos fatores para o aumento é o efeito estufa
Por Redação

Foto: Unsplash/Ella Ivanescu As usinas de combustíveis fósseis são um dos maiores emissores de gases de efeito estufa que causam mudanças climáticas
As usinas de combustíveis fósseis são um dos maiores emissores de gases de efeito estufa que causam mudanças climáticas

As Nações Unidas sublinham que os níveis de 2030 estarão 22 giga toneladas, Gt, acima do limite de 1,5º C graus, se não mudar a tendência de alta das emissões globais de gases do efeito estufa. 

O crescimento foi de 1,2% entre 2021 e 2022, um novo recorde registrado no  Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2023 - Temperaturas recordes quebradas atingiram novos máximos, mas o mundo não consegue reduzir as emissões (novamente).

A análise lançada esta segunda-feira 20, em Nova Iorque, ilustra o rumo das emissões, os compromissos dos países e o nível desejável para limitar o aquecimento a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. O documento é apresentado na preparação das negociações climáticas, a COP28.

Sobre a publicação do Programa da ONU para o Meio ambiente, Pnuma, o secretário-geral destacou que os níveis das emissões deveriam estar descendo. Para António Guterres, o valor atual é aproximadamente o total das atuais emissões anuais dos Estados Unidos, da China e da União Europeia combinados.

Guterres citou recordes de temperatura registrados em junho, julho, agosto, setembro e outubro, considerados os meses mais quentes da história. Ele destaca que as tendências atuais levam “o planeta a uma alta sem saída” de 3º C.

O chefe da ONU enfatiza como o relatório apresenta uma semelhança entre o déficit de emissões “a um desfiladeiro de emissões” que está repleto de quebra de promessas, vidas e recordes.

Para o secretário-geral das Nações Unidas, esses fatores combinados revelam “um fracasso de liderança, uma traição aos vulneráveis e uma enorme oportunidade perdida”.

Estimativas preliminares sobre o Brasil, o único lusófono mencionado na análise, revelam um aumento de 10% nas emissões em 2022 na comparação com 2021. Entre os motivos principais estão o desmatamento e as mudanças no uso da terra, que continuam concentradas nas regiões tropicais.

O total das emissões entre 1850 e 2021 varia entre as regiões do globo. Os Estados Unidos da América são responsáveis pela maior parte das emissões, seguidos pela União Europeia e pela China.

No mesmo período, os EUA e a União Europeia foram responsáveis por quase um terço do total das emissões que “contribuíram de forma significativa para o aquecimento, incluindo o impacto das emissões de metano e óxido nitroso, desde a industrialização”.

*com informações do site Onu News

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