Foi adiada votação de projeto que transforma vaquejada em esporte
O presidente da Comissão de Esportes, deputado Felipe Carreras (PSB-PE)A sessão deliberativa para apreciar a proposta que transforma a prática de Vaquejada em atividade desportiva na Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados foi cancelada nesta terça-feira (18) e a discussão do tema foi adiada.
A decisão foi do presidente da comissão, deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que atendeu à sugestão dada pelo deputado mineiro Fred Costa (Patriota). Carreras vai, agora, pedir ao relator que uma audiência pública seja realizada antes de o projeto ser votado na comissão.
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“O deputado Fred Costa sugeriu uma audiência pública e eu avalio que essa matéria requer um debate mais amplo. Então, a princípio, na semana que vem a matéria em si não será apreciada e eu vou fazer um apelo ao relator para ouvir todos os lados e depois se posicionar", explicou Carreras.
De acordo com Fred Costa, que representa a causa animal na casa e é contrário ao projeto, o tema requer maior discussão, por isso sugeriu a audiência pública.
“Com uma audiência pública, os parlamentares vão poder ouvir todos os lados, ampliar o debate e também teremos mais tempo para apresentar nossos argumentos contrários ao projeto”, disse Costa, que pretende levar para a discussão ativistas da causa animal e técnicos.
O texto prevê também que a proteção à saúde e à integridade física dos animais deverão ser garantidas em todas as etapas do evento. O local destinado à realização da vaquejada deverá ser planejado para garantir a segurança do vaqueiro e dos animais.
Em 2019, a Câmara aprovou um projeto de Lei que regulamenta a prática como Patrimônio Cultural. De acordo com o deputado Fred Costa, com essa nova proposta, aumentaria a dificuldade em proibir a prática no país e a modalidade ganharia direito à Lei de Incentivo ao Esporte. Além disso, com a classificação como atividade desportiva, os eventos poderiam continuar acontecendo mesmo durante a pandemia.
Costa considera que a aprovação do projeto seria um retrocesso, pois, segundo ele, a modalidade é um atentado claro ao bem-estar animal. “Você puxar o rabo de uma vaca é o mesmo que puxar o cabelo de um ser humano. Fora o risco de fratura das patas dos animais e de traumas psicológicos irreversíveis”, pontuou.