MP encontra irregularidades em visita de inspeção na Maternidade do Buenos Aires

Irregularidades são na estrutura física e no estoque de medicamentos da farmácia do hospital
Por Redação

Foto: ascom MPPI O Promotor de Justiça Eny Pontes e os fiscais do COREN-PI foram acompanhados pelo diretor administrativo da Unidade de Saúde
O Promotor de Justiça Eny Pontes e os fiscais do COREN-PI foram acompanhados pelo diretor administrativo da Unidade de Saúde

O Ministério Público do Piauí (MPPI) por meio da 29ª Promotoria de Justiça realizou na manhã desta quinta-feira (20) uma fiscalização surpresa no Hospital Maternidade do Buenos Aires, localizado na zona norte de Teresina. A vistoria contou com a parceria de fiscais e do presidente do Conselho Regional de Enfermagem (COREN-PI).

O Promotor de Justiça Eny Pontes e os fiscais do COREN-PI foram acompanhados pelo diretor administrativo da Unidade de Saúde, Carlos Henrique de Carvalho e o Diretor Clínico Volney Filho. Diversos setores do hospital e também da maternidade pública foram vistoriados, desde o atendimento, ainda na triagem de pacientes, até os setores de internação e pronto-atendimento. Após a vistoria, ocorreu audiência extrajudicial nas dependências do hospital para avaliar a visita.

Durante a audiência foram relatadas inúmeras irregularidades encontradas na estrutura física e no estoque de medicamentos da farmácia do hospital. Os fiscais do CRM ainda apontaram carência de profissionais de enfermagem em alguns setores, o que, segundo eles, gera sobrecarga de trabalho.

O promotor Eny Pontes pontuou que de acordo com os dados apurados durante a fiscalização, faltam medicamentos básicos como dipirona, dexametasona, insulina, água destilada e vários antibióticos, além de insumos como luvas, algodão e compressa, entre outros. Também foi constatado em várias enfermarias e postos de saúde a existência de aparelhos de ar-condicionado sem funcionamento. “É um absurdo um hospital de referência no município não dispor de itens essenciais como esses”, declarou.

O diretor-geral do hospital, Atêncio Queiroga, participou da audiência e relatou dificuldades financeiras para atender às melhorias solicitadas. Segundo ele, a compra de medicamentos e insumos é atribuição exclusiva da Fundação Municipal de Saúde. Quanto às melhorias estruturais, ele alegou que tomou nota dos pedidos e alguns deles já tinha ciência, porém devido à burocracia e demora para aprovação de reformas e aquisição de bens de consumo, como aparelhos de ar-condicionados, o processo é mais lento do que o esperado.

Eny Pontes disse que o Ministério Público vai encaminhar ofício ao presidente da Fundação Municipal de Saúde relatando os problemas encontrados e pedindo providências urgentes. “Vamos retornar dentro de um mês para verificar se as providências estão sendo tomadas para resolver esses problemas”, concluiu.

por ascom MPPI