Vizinha de meninos envenenados em Parnaíba pode não ser culpada pelo crime

Um novo laudo realizado pelo Instituto de Criminalística do Piauí concluiu que os cajus comidos pelas crianças João Miguel da Silva, 7 anos, e Ulisses Gabriel, 8 anos, que morreram envenenados em agosto do ano passado em Parnaíba, não estavam contaminados com chumbinho. Os cajus foram dados aos meninos por uma vizinha, que está presa pelo crime desde a época dos fatos.

Lucélia Maria da Conceição foi presa acusada de ter envenenado os cajus e entregado as frutas para João Miguel e Ulisses que passaram mal horas depois e deram entrada no Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, com sinais de envenenamento. Um deles morreu poucos dias após o envenenamento já o mais velho chegou a passar três meses internado e faleceu no Hospital de Urgências de Teresina-HUT em novembro passado.

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Ao ser presa a mulher negou todas as acusações mas depois de buscas feitas em sua residência, a polícia encontrou venenos do tipo terbufós, pesticidas popularmente conhecidos como chumbinho e ela foi presa e indiciada pelo duplo homicídio. Lucélia teve sua casa incendiada por vizinhos logo após sua prisão.

Após o envenenamento de toda a família em 1° de janeiro de 2025, a polícia decidiu realizar nova perícia nos cajus que estavam congelados no Instituto de Criminalística. O resultado da nova perícia sai um dia após Francisco de Assis da Costa, padrasto da mãe das crianças, ser preso como principal suspeito de envenenar um baião de dois comido por ele e toda a família em um almoço no primeiro dia do ano. Ao todo quatro pessoas da família morreram em decorrência do envenenamento, são eles: Francisca Maria, 32 anos (enteada de Francisco); o irmão dela Manoel da Silva, de 18 anos; Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses (filho de Francisca) e Lauane da Silva, de 3 anos (filha de Francisca).

Com o novo resultado, a polícia deve reabrir o inquérito que investiga a morte dos dois meninos ocorrida em agosto.