África tem redução de casos em meio à onda de Ômicron
OMS pede cautela e afirma que monitoramento é necessário para confirmação da tendência de queda.A Organização Mundial da Saúde, OMS, afirma que mesmo com o impacto moderado da recente onda da Covid-19, o continente africano não alterou o curso da pandemia e não deve dar espaço para complacência. O total de casos caiu pela primeira vez à medida que a quarta onda tem menos infectados.
Para a diretora do Escritório Regional da OMS para África, a profunda desigualdade que deixou a região no final da fila de vacinas não deve ser repetida em relação a tratamentos essenciais. Matshidiso Moeti explicou que o acesso universal a testes diagnósticos, vacinas e tratamentos abrirá o caminho mais curto para o fim da pandemia.
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Mortes e recuperados
Dados divulgados esta quinta-feira indica haver mais de 10,4 milhões de casos confirmados de Covid-19 na região que teve mais de 9,3 milhões de recuperados e 234 mil mortes.
A informação da semana até 16 de janeiro marca a primeira vez em que continente registra uma queda significativa em novos casos e redução de mortes de forma “promissora” desde o início da quarta onda, impulsionada pela Ômicron.
O total de novos infectados caiu 20%, enquanto o número de mortes recuou 8%. A diminuição das mortes no período ainda é considerada pequena, sendo “necessário mais monitoramento para determinar se a tendência continuará”.
A OMS destaca ainda que a queda em novos casos ocorre em quatro sub-regiões, mas acompanha de perto a situação no norte da África, onde novas infecções aumentaram 55%. Houve um aumento exponencial na Tunísia e no Marrocos, que agora ultrapassam a África do Sul como países com mais casos no continente.
Circulação do vírus
Moeti advertiu que enquanto o vírus continuar circulando, novas ondas pandêmicas são inevitáveis.
Para dar resposta à situação, o continente deve “ampliar as vacinações, ter acesso maior e equitativo ao tratamento essencial e combater de forma efetiva a pandemia”.
A OMS aprovou 11 medicamentos para tratar a Covid-19 e revisa os antivirais orais paxlovid, da farmacêutica Pfizer, e molnupiravir da Merck. Os fabricantes defendem que estas terapias oferecem esperança para baixar o risco de hospitalização em alguns pacientes.
A agência participa ainda em negociações para assegurar que haja uma “capacidade global de fornecimento e acesso equitativo e sustentável”.
A OMS começou a enviar lotes limitados do imunossupressor Tocilizumab para países africanos. O alvo é tratar pacientes graves.