Ataque à Zaporizhzhia fez soar o alarme para um possível desastre nuclear
Após intenso bombardeio na madrugada desta sexta, tropas russas assumiram o controle da centralApós um intenso bombardeamento na madrugada desta sexta-feira 4, as tropas russas assumiram o controle da maior central da Europa, Zaporizhzhia, na Ucrânia. Os bombardeios provocaram um incêndio em um edifício administrativo da central, o que fez soar o alarme para um possível desastre nuclear. O pior dos cenários acabou por não se confirmar, com as autoridades ucranianas e a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) garantindo que os seis reatores não foram afetados e que os níveis de radiação estão dentro da normalidade.
O ataque russo provocou um incêndio que durou várias horas no edifício administrativo da central. Os três pisos superiores ficaram destruídos. Por volta das 6h20 da manhã, os bombeiros conseguiram extinguir o incêndio, apesar das dificuldades em acessar a local, uma vez que a ofensiva russa não dava tréguas.
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De imediato surgiram receios da liberação de radiações elevadas, com informações contraditórias provenientes de diferentes setores, o que fez soar os alarmes nas capitais mundiais.
Um funcionário do governo disse à Associated Press que elevados níveis de radiação foram detectados junto ao local da central, a qual é responsável por 25% da produção de energia do país.
Mas o pior dos cenários acabou por não se confirmar. Autoridades ucranianas disseram na manhã desta sexta-feira que a instalação estava protegida e que “a segurança nuclear agora está garantida”.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) também afiançou que “nenhuma mudança foi registrada nos níveis de radiação” da nona maior central do mundo, com energia suficiente para cerca de quatro milhões de residências.
“É importante dizer que nenhum dos sistemas de segurança dos seis reatores da central foi afetado e que não houve libertação de material radioativo”, disse o diretor geral da AIEA, Rafael Grossi, em conferência de imprensa.