Aumenta o número de mortos em protestos após eleições na Venezuela
De acordo com a última atualização feita pela ONG de direitos humanos Provea agora são 24 mortosA crise na Venezuela se intensificou nos últimos dias com o aumento no número de mortos durante os protestos que eclodiram após as eleições presidenciais. O número de vítimas fatais já chegou a 24, de acordo com as últimas atualizações feitas pela organização nacional de direitos humanos PROVEA.
Os protestos começaram logo após o anúncio da vitória de Nicolás Maduro com 51,95% dos votos, resultado que a oposição considera fraudulento. A indignação popular rapidamente se transformou em violentos confrontos entre manifestantes e forças de segurança. "Estamos enfrentando uma repressão brutal. O governo está disposto a fazer qualquer coisa para se manter no poder," afirmou um dos líderes da oposição.
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De acordo com o relatório divulgado pela ONG, há "24 pessoas falecidas entre domingo, 28 de julho, e segunda-feira, 5 de agosto, em eventos e protestos relacionados às eleições", diz um trecho do documento.
A comunidade internacional manifestou grande preocupação com o aumento da violência. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) pediram ao governo venezuelano que cesse o uso excessivo da força e que respeite o direito dos cidadãos de protestarem pacificamente. "Estamos acompanhando a situação de perto e pedimos uma investigação independente sobre as mortes ocorridas nos protestos," disse o Secretário-Geral da ONU, António Guterres.
A resposta do governo venezuelano tem sido firme. Em um pronunciamento oficial, o Ministro da Defesa do país Vladimir Padrino, reafirmou seu apoio ao presidente então eleito, “Ratificamos nossa lealdade absoluta ao cidadão Nicolás Maduro Moros”, afirmou o general, em televisão estatal.
Enquanto isso, a população venezuelana enfrenta uma situação cada vez mais desesperadora. A crise econômica, marcada por hiperinflação e escassez de bens essenciais, já havia colocado o país em uma situação crítica. Agora, a violência crescente adiciona uma nova camada de sofrimento ao dia a dia dos venezuelanos. "Estamos vivendo um pesadelo. Não sabemos o que vai acontecer amanhã," desabafa uma moradora de Caracas.