Em discurso na ONU presidente do Brasil fala sobre desigualdade, confira

Lula diz que mundo não pode aceitar injustiças como “fenômeno natural”
Por Redação

Foto: ONU/Cia Pak Lula durante discurso na assembléia geral da ONU
Lula durante discurso na assembléia geral da ONU
Foto: ONU/Cia PakLula durante discurso na assembléia geral da ONU
Lula durante discurso na assembléia geral da ONU

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que para vencer a desigualdade “falta vontade política daqueles que governam o mundo.”

O chefe de Estado foi o primeiro a discursar na tribuna da semana de Alto Nível da ONU em Nova Iorque, nesta terça-feira 19. Ele enfatizou a luta contra a desigualdade como prioridade global.

Imperativo moral e político

“A maior parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável caminha em ritmo muito lento. O imperativo moral e político de erradicar a pobreza e a fome parece estar anestesiado. Nesses sete anos que nos restam, a redução da desigualdade dentro dos países e entre eles deveria ser tornado o objetivo síntese da agenda 2030.”

O presidente afirmou que o Brasil está comprometido “a implementar todos os 17 ODS de maneira integrada e indivisível.” 

Segundo ele, reduzir a desigualdade dentro dos países “requer incluir os pobres dentro dos orçamentos nacionais e fazer os ricos pagarem impostos proporcionais ao patrimônio.”

Lula ressaltou que “os 10 maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade.” Além disso, “os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera”, afirmou.

O chefe de estado brasileiro disse que os altos níveis de desigualdade econômica e política que “assolam as democracias” acabam com a esperança. 

Resolução de conflitos

Lula afirmou ainda que “sanções unilaterais causam grandes prejuízos a população dos países afetados e que além de não acalcarem seus alegados objetivos dificultam os processos de mediação prevenção e resolução pacífica de conflitos.” 

Segundo ele, “o Brasil seguirá denunciando medidas sem amparo na carta da ONU.”

O chefe de Estado mencionou que as despesas com armas nucleares no ano passado chegaram US$ 83 bilhões, um valor “20 vezes superior ao orçamento regular da ONU.” 

Além disso, ele afirmou que “a estabilidade e a segurança não serão alcançadas onde há exclusão social e desigualdade.” 

O presidente brasileiro prometeu que na presidência do G20, em 2024, o Brasil irá combater a desigualdade em todas as suas dimensões. 

*com informações do site Onu News

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