Guerra na Ucrânia não terá vencedores, afirma chefe da ONU

Em coletiva de imprensa, António Guterres afirmou que “invasão no país é moralmente inaceitável
Por Redação

Foto: WHO/Anastasia Vlasova Um homem remove detritos ao redor de um prédio residencial em Kiev, na Ucrânia.
Um homem remove detritos ao redor de um prédio residencial em Kiev, na Ucrânia.
Foto: WHO/Anastasia VlasovaUm homem remove detritos ao redor de um prédio residencial em Kiev, na Ucrânia.
Um homem remove detritos ao redor de um prédio residencial em Kiev, na Ucrânia.

Com os conflitos no território ucraniano completando um mês, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, falou a jornalistas sobre a situação no país nesta terça-feira.

O chefe da ONU afirmou que a guerra não terá vencedores e que, cedo ou tarde, terá que sair do campo de batalha e ir para as mesas de negociações de paz.

Destruição

O líder das Nações Unidas lembrou que, desde que a Rússia invadiu o território soberano na Ucrânia, em violação a Carta da ONU, mais de 10 milhões de civis deixaram suas casas e suas cidades em busca de segurança.

Para António Guterres, os únicos resultados dos confrontos tem sido o aumento do sofrimento, destruição e horror. 

Ele afirmou que as pessoas estão vivendo uma situação “infernal” e os efeitos da escalada da violência já estão sendo sentidos globalmente, com o aumento dos preços de alimentos, energia e fertilizantes, aprofundando a crise de fome global.

Ao fazer mais um apelo pelo fim da guerra e dar uma “chance a paz”, ele questionou quantas mais cidades terão de ser destruídas e vidas perdidas para que cessem os ataques.

De acordo com o secretário-geral da ONU, a continuação dos ataques contra a Ucrânia é “moralmente inaceitável, politicamente indefensável e militarmente sem sentido”.

Segundo os levantamentos do Escritório de Direitos Humanos da ONU, até esta segunda-feira, o conflito já deixou pelo menos 2,5 mil vítimas civis no país, registrando 953 mortos e mais de 1,5 mil feridos. 
A entidade acredita que os números reais são consideravelmente maiores, já que o recebimento de informações de alguns locais onde ocorreram intensas hostilidades foi atrasado e muitos relatórios ainda aguardam confirmação.

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