Mais de 1,8 mil pessoas são detidas na Rússia por protestarem contra a guerra

Na quinta-feira foram várias manifestações na própria Rússia, de pessoas que são contra a guerra.
Por Redação

Foto: ONU News Porta-voz da alta comissária para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani
Porta-voz da alta comissária para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani
Foto: ONU NewsPorta-voz da alta comissária para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani
Porta-voz da alta comissária para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani

O Escritório de Direitos Humanos da ONU revelou nesta sexta-feira 25, ter recebido relatos de que civis já estão entre as vítimas da invasão militar que ocorre na Ucrânia.  

Em Genebra, a porta-voz do Escritório, Ravina Shamdasani, fez um novo apelo ao fim imediato da escalada militar por parte da Rússia, lembrando que a situação é uma violação clara da lei internacional. 

Segundo Ravina Shamdasani, ocorreram na quinta-feira 24, várias manifestações na própria Rússia, de pessoas que são contra a guerra. Segundo a porta-voz, mais de 1,8 mil pessoas foram detidas durante os protestos, e não se sabe ainda quantas já foram libertadas.  

Prender pessoas que exercem seu direito à liberdade de expressão constitue uma privação arbitrária da liberdade, por isso, o Escritório de Direitos Humanos da ONU exige a libertação imediata de todos os detidos na Rússia.  

A porta-voz reforçou as declarações da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet : “países que falharem em tomar medidas para resolver suas disputas internacionais de forma pacífica deixam de cumprir com a obrigação de proteger o direito à vida”. Por isso, Bachelet apela ao respeito total à lei internacional humanitária.  

O promotor do Tribunal Penal Internacional, TPI, também está acompanhando de perto a situação na Ucrânia. Nesta sexta-feira, Karim A.A. Khan QC declarou que o Tribunal poderá “exercer sua jurisdição para investigar qualquer ato de genocídio, crime contra a humanidade e crime de guerra cometido em território ucraniano desde 2014”.  

O promotor do TPI destaca que “qualquer pessoa que cometa esses crimes poderá ser alvo de acusação perante à Corte, que investiga crimes de guerra. Ele lembra ser imperativo que todas as partes em conflito respeitem suas obrigações perante à lei humanitária internacional.  

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