Vaticano condena teoria de gênero, barriga de aluguel, aborto eviolência digital

O documento do Dicastério para a Doutrina da Fé “Dignitas infinita” exigiu cinco anos de trabalho
Por Redação

Foto: Reprodução Papa Francisco em celebração do Angelus no último dia 30
Papa Francisco em celebração do Angelus no último dia 30

Vaticano publicou nesta segunda-feira, 8, um novo documento aprovado pelo papa Francisco, afirmando que a Igreja Católica acredita que operações de mudança de sexo, fluidez de gênero e barriga de aluguel constituem afrontas à dignidade humana. O Dicastério para a Doutrina da Fé, argumenta que o sexo com o qual uma pessoa nasce é um “presente irrevogável” de Deus e “qualquer intervenção de mudança de sexo, como regra, corre o risco de ameaçar a dignidade única recebida pela pessoa desde o momento da concepção”. Pessoas que desejam “autodeterminação pessoal, como prescreve a teoria de gênero”, arriscam-se a ceder “à tentação milenar de se fazerem deus”.

A declaração apresenta então o elenco de “algumas graves violações da dignidade humana”, ou seja tudo aquilo que é contrário à vida mesma, como toda espécie de homicídio, o genocídio, o aborto, a eutanásia e o suicídio voluntário mas também tudo aquilo que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, as torturas infligidas ao corpo e à mente, as constrições psicológicas.

O documento afirma ainda categoricamente a oposição da Igreja Católica Romana à barriga de aluguel, seja a mulher que carrega um bebê “coagida a isso ou escolhe se submeter a isso livremente”, porque a criança “se torna mero meio subordinado ao ganho arbitrário ou desejo de outros”.

De acordo com o Vaticano, a declaração levou cinco anos para ser preparada e chega em um momento em que faz memória dos 75 anos da Declaração universal dos direitos do homem.

Completando o elenco de violações da dignidade humana considerados pela igreja, está a “violência digital”, como o cyberbullying e a difusão da pornografia e de exploração das pessoas para fins sexuais ou através dos jogos de azar na rede. A declaração se encerra exortando a colocar o respeito pela dignidade da pessoa humana, para além de toda circunstância, ao centro dos esforços pelo bem comum e de todo ordenamento jurídico.

*com informações do site Vaticano News.

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