Segurança do Piauí implementará protocolo no combate à violência contra mulher

O foco serão espaços de lazer como bares e restaurantes
Por Redação

Foto: grandepiaui.com Violência contra a mulher
Violência contra a mulher
Foto: ascom ssppiO Secretário de Foto_31012023_080100 Segurança Pública Chico Lucas e a Secretária das Mulheres Zenaide Lustosa, estiveram Foto_31012023_080100 reunidos com as delegadas das Delegacias de Proteção dos Direitos da Mulher (DEAMS) e a Diretora de Defesa Social da SSP/PI, coronel Elizete.
O Secretário de Segurança Pública Chico Lucas e a Secretária das Mulheres Zenaide Lustosa, estiveram reunidos com as delegadas das Delegacias de Proteção dos Direitos da Mulher (DEAMS) e a Diretora de Defesa Social da SSP/PI, coronel Elizete.

O Secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas e a Secretária das Mulheres Zenaide Lustosa, estiveram reunidos com as delegadas das Delegacias de Proteção dos Direitos da Mulher (DEAMS) e a Diretora de Defesa Social da SSP/PI, coronel Elizete. A reunião aconteceu na tarde desta terça-feira (31) e foi discutido a implantação do protocolo espanhol "No Callem", no estado do Piauí. O objetivo principal deste protocolo será o combate à violência contra as mulheres em espaços de lazer.

De acordo com o secretário Chico Lucas, a medida já estava sendo discutida por este grupo de autoridades que trabalham diariamente para evitar que mulheres sejam vítimas de violência, no entanto, a morte da estudante de jornalismo Janaína Silva Bezerra, no último dia 28, antecipou o debate sobre o enfrentamento à violência contra as mulheres no estado.  “Estamos aqui reunidos para saber como podemos melhorar o atendimento da rede de proteção do poder executivo que é formado pelas Secretarias de Segurança e Mulheres, delegadas e outros agentes de política pública do Piauí. O objetivo é saber como podemos trabalhar na prevenção e na proteção, além de investir capacitação para os profissionais da Segurança Pública, para que possamos enfrentar de forma eficaz a violência contra as mulheres e os grupos vulneráveis”, explicou o secretário.

Ainda de acordo com Chico Lucas serão lançadas campanhas educativas em bares, restaurantes, principalmente neste período de carnaval. ‘’As mortes de mulheres não podem ser naturalizadas, por isso serão lançadas campanhas e ferramentas permanentes em bares e restaurantes em todo o estado. Vamos iniciar algumas ações durante o Corso de Teresina e o Carnaval’’, pontuou.

Segundo a Secretária Estadual das Mulheres, Zenaide Lustosa, o protocolo será desenvolvido e adaptado às realidades do nosso estado. ‘’Existem vários tipos de violência, sexual, física,  psicológica, por isso vamos elaborar nosso projeto para trabalhar de forma integrada com bares, restaurantes e escolas. Vamos fortalecer as estratégias para o acolhimento das vítimas e facilitar o registro dos boletins de ocorrência, através de canais como o whatsapp’’, antecipou Zenaide Lustosa. 

A coordenadora do Departamento Estadual de Proteção à Mulher,  delegada Bruna Fontenele, acredita que o protocolo é um complemento para o trabalho que já vem sendo realizado através das delegacias de Proteção dos Direitos da Mulher (DEAMS), 190, Patrulha Maria da Penha e toda rede de apoio à proteção da mulher. ‘’Estamos discutindo um protocolo em nível local que melhor atenda nossa demanda. Ele é integrado com o sistema de Saúde, Segurança, Assistência Social, para que essa mulher tenha atendimento desde o fato, e que ela saiba quais os procedimentos serão encaminhamentos e adotados’’, concluiu a delegada. 

O que é o protocolo ‘’No Callem’’

O protocolo No Callem foi criado pelas autoridades de Barcelona, na Espanha, no ano de 2018, com o objetivo de combater agressões sexuais e violência contra mulher em espaços de lazer como restaurantes e bares.

Os locais aderentes ao protocolo recebem treinamento e acompanhamento e devem aplicar medidas específicas para combater a violência.

Um ponto central do protocolo é deslocar a atenção para as vítimas do abuso ou da agressão sexual. A prioridade das ações deve estar nelas, e não no agressor.

O protocolo dá um papel de destaque aos funcionários dos estabelecimentos, que devem ser capacitados para saber como prevenir e identificar a violência e como agir em casos de agressão ou assédio sexual.