Izadora: Polícia reafirma que morte foi planejada por irmão e mãe da vítima

Delegado afirma que irmão é autor do crime e que negativa é estratégia da defesa
Por Redação

Foto: reprodução redes sociais Advogada Izadora Mourão assassinada a facadas no início do ano
Advogada Izadora Mourão assassinada a facadas no início do ano
Foto: reprodução redes sociaisAdvogada Izadora Mourão assassinada a facadas no início do ano
Advogada Izadora Mourão assassinada a facadas no início do ano

O delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmou em entrevista que o assassinato da advogada Izadora Mourão teria sido motivado por uma briga envolvendo a herança, avaliada em cerca de R$ 4 milhões, deixada pelo pai da vítima.

A defesa da aposentada Maria Nerci Mourão e o advogado e jornalista João Paulo sustentam que apenas a mãe teria participado do crime. A aposentada assumiu a autoria do assassinato da filha, no último dia 23, durante audiência de instrução do caso.

Foto: ReproduçãoDona Maria Nerci mãe de advogada Izadora
Dona Maria Nerci mãe de advogada Izadora

Mas de acordo com Barêtta, João Paulo Mourão é o verdadeiro autor do assassinato contra a própria irmã, a advogada Izadora. O delegado diz que as provas colhidas pela perícia são "harmônicas" e "fortes" e que Nerci Mourão apenas auxiliou João Paulo a cometer o crime.

"As provas, os indícios carreados para os altos do inquérito policial eles são harmônicos, eles são fortes, eles são convincentes. Os peritos fizeram um brilhante trabalho ao analisar os 11 golpes, as lesões sofridas pela vítima, o espaço em que cada uma foi dada. Eles fizeram a verdadeira diagnóstico da morte, ou seja, a cronologia das lesões que levou a advogada Izadora a perder a vida naquele dia. E a posição em que estava o autor do crime, no caso o João Paulo, e mãe dele auxiliando, inclusive com a mão que foi colocada na cama após a vítima cair no chão", explicou.

Para o delegado Barêtta, o crime foi premeditado e a negativa da participação de João Paulo é uma estratégia, já que a mãe possui mais de 70 anos e, se condenada, deve ter a pena reduzida em função da idade, conforme previsto no Código Penal.

Ele declarou ainda que a perícia indicou a participação dos dois, considerando a altura do agressor e a posição em que os golpes foram aplicados.

Após a audiência, a Justiça tem 10 dias para decidir se os dois irão ou não responder pelo crime diante do Tribunal Popular do Júri, que julga crimes contra a vida