Elefantíase no Brasil não é mais considerado problema de saúde pública; Entenda
Perfil epidemiológico da doença foi estabelecido ainda década de 50, quando foram realizados estudosO Brasil recebeu, na segunda-feira (30), a certificação de país livre da filariose linfática (elefantíase) como problema de saúde pública, doença parasitária crônica, considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo. A concessão foi entregue à ministra da Saúde, Nísia Trindade, pelo diretor da Organização Pan-Americana (Opas), Jarbas Barbosa.
A certificação brasileira é resultado de um trabalho de décadas. No Brasil, o perfil epidemiológico dessa doença foi estabelecido ainda na década de 50, quando foram realizados inquéritos hemoscópicos em todo o país. Com base nos resultados desses inquéritos, foram identificados os focos, e eleitas áreas prioritárias para intervenção.
A ministra da Saúde atribuiu o reconhecimento ao Brasil ao trabalho de instituições, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), autoridades e estudiosos. “Essa questão nos emociona para além do orgulho como país. Nos emociona pelo sofrimento que a doença causou a tantas pessoas no mundo e em nosso país em particular. Quero fazer uma homenagem a gerações de sanitaristas que se dedicaram a isso”, celebrou Trindade.
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A chefe do Sistema Único de Saúde (SUS) reforçou que a certificação é uma das metas do programa Brasil Saudável – lançado neste ano e que tornou o país o primeiro do mundo a lançar uma política governamental para eliminar ou reduzir, como problemas de saúde pública, 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, as populações em situação de maior vulnerabilidade social, como é o caso da filariose linfática. O lançamento do programa contou com a presença de Jarbas Barbosa e, também, do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.
“Estamos muito honrados de poder fazer esse entrega oficial. Com isso, a Opas valida a eliminação da eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública no Brasil”, disse Jarbas Barbosa ao conceder a honraria.