Piauí registra aumento extraordinário em casos de dengue e chikungunya

O boletim epidemiológico mostra um total de 11.766 casos notificados em 195 municípios durante 2022.
Por Redação

Foto: Lirtlon/ Embrapa casos de dengue diminuem no primeiro semestre
casos de dengue diminuem no primeiro semestre
Foto: Grande PiauíMosquito Aedes aegypti, causador do vírus da dengue e chikungunya
Mosquito Aedes aegypti, causador do vírus da dengue e chikungunya

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) disponibilizou nesta sexta-feira 10, o Boletim Epidemiológico referente a 21ª semana epidemiológica de 2022.

De acordo com os dados do boletim, o estado apresentou um aumento de 765,8% no número de casos de dengue em comparação com o mesmo período no ano anterior. Em relação a chikungunya, o boletim aponta que o crescimento foi ainda maior em relação ao mesmo período de 2021, com um aumento de 5.417,7% no número de casos notificados. Nos números do Zika vírus o estado apresentou redução 15,4%.

O boletim epidemiológico mostra um total de 11.766 casos notificados da dengue em 195 municípios durante 2022, ao passo que no mesmo período do ano passado o estado registrou apenas 1.359 casos notificados em 83 municípios. Nesta 21° semana epidemiológica os sistemas de notificação apresentaram 10 óbitos confirmados por dengue no estado. 

Cinco municípios piauienses apresentaram as maiores incidências de casos de dengue por 100 mil habitantes, são eles: Novo Santo Antônio; Antônio Almeida; Patos do Piauí; Simplício Mendes e Wall Ferraz são os cinco municípios piauienses, que na 21° semana epidemiológica, apresentaram as maiores incidências de casos de dengue por 100 mil habitantes.

No que é referente aos números de chikungunya no estado, o boletim aponta que na 21° semana epidemiológica foram notificados 4.359 casos em 114 municípios, enquanto que em 2021 foram 79 notificações em 20 municípios. Monsenhor Hipólito; Alagoinha do Piauí; Simplício Mendes; Vila Nova do Piauí e Alegrete do Piauí são os cinco municípios piauienses com maior incidência de casos por 100 mil habitantes.

Herlon Guimarães, superintendente de atenção primária a saúde aponta que os trabalhos de vigilância e acompanhamento da Secretaria vem sendo feitos para enfrentar os números crescentes registrados no estado, mas sinaliza que também é necessário o empenho da população nesse trabalho de enfrentamento ao mosquito transmissor das doenças.

“Nós estamos vigilantes, temos o nosso CIEVS acompanhando as notificações dos municípios diariamente, além de nossas equipes manterem um contato constante com os municípios, dando apoio técnico e verificando a melhor forma de ajudar cada cidade. No entanto, precisamos que a população entenda o seu papel nesse enfrentamento ao mosquito Aedes, muito se fala sobre o uso do fumacê, mas ele só tem um efeito direto no mosquito adulto, é preciso que a população ajude a evitar o surgimento de criadouros para que o enfrentamento seja mais efetivo em todo o estado”, explicou o superintendente.

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