Agricultores do sul da Bahia são beneficiados com a agroecologia
Vida de agricultores familiares do sul da Bahia com produção de base agroecológicaO serviço de assistência técnica e extensão rural (Ater) vem promovendo a transformação da vida de 540 famílias dos municípios de Itaju do Colônia, Camacan, Pau Brasil, Mascote e Canavieiras, com a disseminação de conhecimentos técnicos que influenciam diretamente na qualidade de vida e na atividade produtiva de quem vive no campo. A ação segue os conceitos da produção de base agroecológica e vem promovendo o fortalecimento de sistemas produtivos estratégicos, como o do cacau.
Esse é o exemplo do trabalho realizado na região de Água Vermelha, em Pau Brasil, habitada pela tribo Pataxó Hã Hã Hãe, que pertence à Aldeia Caramuru Catarina Paraguassu, onde foi implantado o Sistema Agroflorestal (SAF), caracterizado pela forma de plantio em meio à Mata Atlântica, com foco na produção de cacau. Atualmente, a produção é em média de quatro a seis arrobas de cacau por hectare. A previsão é que, em 2022, a produção dobre e, nos próximos três anos, alcance 50 arrobas por hectare. Cada arroba equivale a 15 quilos de cacau.
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Para compor o SAF em Água Vermelh, foram plantadas, além das 1.000 novas mudas de cacau, 10 mil mudas de mandioca, banana, goiaba e açaí, entregues por meio de convênio firmado entre a Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado (SDR) e a Biofábrica. No sistema, são cultivados ainda milho, feijão, abóbora, cana-de-açúcar, quiabo, maxixe, jiló e sorgo, garantindo diversidade.
A ação é resultado da Chamada Pública Ater Agroecologia, da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater/SDR), executada pelo Instituto Ecobahia. Entre as linhas de atuação da Ater Agroecologia, que compõem as estratégias da SDR, denominadas Parceria Mais Forte, Juntos para Alimentar a Bahia, estão ainda a articulação para o acesso a outras políticas públicas, como o crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em parceria com instituições financeiras.
Por meio da Parceria mais Forte, a expectativa é de implantar, nos próximos anos, 200 mil hectares de sistemas agroflorestais e recuperar o cultivo do cacau em 200 mil hectares, na perspectiva da agroecologia. A ação ten a participação de institutos, instituições financeiras, cooperativas, Governo do Estado, grupos produtivos, organizações não governamentais, movimentos sociais, universidades e consórcio público, entre outros parceiros.