Mulher é presa após manter afilhada em cárcere privado por 15 anos no Piauí

A vítima de 27 anos foi resgatada pela polícia na tarde de terça-feira 23 de maio
Por Redação

Foto: Reprodução Jovem não sabia ler nem escrever e segundo a polícia mal se comunicava
Jovem não sabia ler nem escrever e segundo a polícia mal se comunicava
Foto: ReproduçãoJovem não sabia ler nem escrever e segundo a polícia mal se comunicava
Jovem não sabia ler nem escrever e segundo a polícia mal se comunicava

Polícia Civil do Piauí, prendeu na tarde de terça-feira 23, uma mulher identificada pelas iniciais F.D.M.M, acusada de manter uma jovem de 27 anos, em condições análogas às de escravidão, cárcere privado e maus-tratos, no bairro Ilhotas, na zona Sul de Teresina. A ação foi presidida pelo delegado Odilo Sena, titular do 6º Distrito Policial de Teresina, que confirmou que a vítima vivia desde os 12 anos de idade em condições degradantes na residência da acusada. 

“Recebemos a denúncia através de uma pessoa próxima a vítima, abrimos o inquérito policial e iniciamos as investigações que chegaram a este caso estarrecedor. Essa jovem desde os 12 anos de idade vivia em cárcere privado, sendo obrigada a realizar todas as tarefas domésticas, onde a dona da casa a mantinha sob constantes ameaças, além das torturas físicas e psicológicas”, relatou o delegado. 

Em depoimento, a jovem identificada como Janaína dos Santos, informou que durante os últimos 15 anos foram pouquíssimas as vezes que ela teve autorização para sair de casa. Ainda segundo a jovem, não lhe foi permitido frequentar à escola. Na residência, além dos trabalhos domésticos, também era a responsável pelos cuidados de outra criança, filho da acusada, com autismo. 

De acordo com as investigações, a vítima é natural da zona rural do município de Chapadinha, no Maranhão, onde residia com os pais, e veio para Teresina com a promessa de uma vida melhor. “Os pais da vítima são de baixa renda e possuem poucas instruções e a acusada, que é prima de 2º grau da jovem, trouxe ela para capital e, posteriormente, passou a esconder informações sobre o paradeiro da moça”, completou o delegado Odilo, acrescentando que a família já havia tentado outros meios de resgatar a jovem porém sem sucesso.

A prisão de F.D.M.M ocorreu em decorrência de um mandado de prisão temporária com prazo de cinco dias. Além da prisão, a acusada deverá enfrentar um processo junto à justiça do trabalho.

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