Simepi emite nota após afastamento de médico em Demerval Lobão

O afastamento ocorreu após repercussão de vídeo em que o profissional discute com pacientes
Por Redação

Foto: reprodução redes sociais Em nota a SIMEPI informou que a postura do médico se deu claramente devido a sobrecarga de trabalho e pela infundada pressão sofrida,
Em nota a SIMEPI informou que a postura do médico se deu claramente devido a sobrecarga de trabalho e pela infundada pressão sofrida,
Foto: reprodução redes sociaisEm nota a SIMEPI informou que a postura do médico se deu claramente devido a sobrecarga de trabalho e pela infundada pressão sofrida,
Em nota a SIMEPI informou que a postura do médico se deu claramente devido a sobrecarga de trabalho e pela infundada pressão sofrida,

O Sindicato dos médicos do Piauí-SIMEPI, emitiu uma nota sobre o caso de afastamento de um médico em um hospital de Demerval Lobão. A decisão ocorreu após um vídeo em que o profissional aparece discutindo com pacientes durante o plantão, ser amplamente divulgado na internet esta semana. 

Nas imagens é possível notar o profissional visivelmente exaltado ameaçando não atender os pacientes. Após a repercussão do caso nas redes sociais, a Secretaria de Saúde do Estado-Sesapi, decidiu afastar o médico de suas funções.

Após o afastamento do médico, o SIMEPI se manifestou na sexta-feira 28, e informou que a postura do profissional se deu claramente devido "a sobrecarga de trabalho e pela infundada pressão sofrida", diz um trecho da nota.

Confira o comunicado na íntegra:

"O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí – SIMEPI, entidade representativa da categoria profissional médica, instado a se manifestar sobre o acontecido fartamente veiculado na mídia envolvendo o médico que estava de plantão no Hospital Estadual João Luís de Moraes, no município de Demerval Lobão-PI, vem a público, por meio desta, incialmente esclarecer que tomou conhecimento do ocorrido apenas através do vídeo divulgado, não sendo procurado pelo citado profissional.

Contudo, em cumprimento ao seu dever na defesa dos direitos e interesses da categoria médica, o SIMEPI ressalta que, pela análise do vídeo, percebe-se que o profissional estava no lídimo exercício de suas atribuições funcionais, atendendo aos casos de urgência e emergência, de acordo com a gravidade, quando foi pressionado pela paciente, que exigia imediato atendimento, à qual o médico, claramente exaltado pela sobrecarga de trabalho e pela infundada pressão sofrida, declarou que estava respeitando a ordem legal de atendimento aos pacientes de urgência e emergência, e, em defesa própria e de toda a equipe hospitalar, afirmou que não admitiria qualquer tipo de desrespeito.

Vê-se que a reação exaltada do profissional é mais uma das nefastas consequências da sobrecarga de trabalho e de atendimento nos plantões médicos, onde não há médicos e nem leitos suficientes para a excessiva demanda. As razões expostas pelo médico, ainda que de forma inflamada, foram corretas. Há muito tempo o SIMEPI vem denunciando e alertando sobre as más condições de trabalho médico nos plantões, inclusive com a campanha “PLANTÃO MÉDICO NÃO É CONSULTA”, em razão do deficiente funcionamento dos serviços de atenção básica na saúde pública, que consequentemente sobrecarregam os serviços de urgência e emergência e o número de atendimentos, desvirtuando o serviço e penalizando os profissionais.

Por fim, o SIMEPI veementemente REPUDIA o afastamento do médico em questão, o qual, diante da pressão e repercussão sofrida e da sobrecarga de trabalho, necessita receber apoio e acompanhamento dos seus empregadores, inclusive quanto à sua saúde mental e psíquica, recomenda fortemente à Direção do hospital que, caso inexistente, adote e cumpra serviço de triagem, além de respeitar a autonomia profissional do médico. Recomendamos, ainda, de forma URGENTE, aos gestores, a melhoria das condições de trabalho do médico e das estruturas físicas adequadas para atendimento, a realização de concurso público imediato com um número de médicos adequado para a grande demanda e a garantia de segurança nos hospitais"