Crise climática e COVID-19 empurram 23 países para insegurança alimentar aguda

Um novo relatório desenvolvido pelo WFP e pela FAO chama atenção para os 23 “focos de fome”
Por Redação

Foto: Safidy Andriananten/UNICEF fome
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Foto: Safidy Andriananten/UNICEFfome

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a ajuda que salva vidas de famílias à beira da fome está sendo cortada em vários países por conflitos e bloqueios.

 Um novo relatório divulgado na sexta-feira (30), pela FAO juntamente com o Programa Mundial de Alimentos (WFP),.chama atenção para os 23 “focos de fome”, que nos próximos quatro meses deverão enfrentar um nível agudo de insegurança alimentar devido às repercussões econômicas da COVID-19 combinadas à crise climática e aos combates.

De acordo com o relatório os países que atualmente enfrentam os obstáculos mais significativos que impedem a ajuda de chegar até eles incluem Afeganistão, Etiópia, República Centro-Africana, Mali, Nigéria, Sudão do Sul, Somália, Síria e Iêmen.

Em 2020, 155 milhões de pessoas passaram a enfrentar insegurança alimentar aguda em crise ou piores níveis em 55 países. Isso representa um aumento de mais de 20 milhões em relação a 2019, e a tendência é piorar este ano.

“Famílias que dependem de assistência humanitária para sobreviver estão por um fio. Quando não podemos alcançá-los, esse fio é cortado e as consequências são nada menos que catastróficas”, alertou o diretor-executivo do WFP, David Beasley.

A FAO e o WFP alertaram que 41 milhões de pessoas corriam o risco de cair na fome. Em 2020, 155 milhões de pessoas passaram a enfrentar insegurança alimentar aguda em crise ou piores níveis em 55 países, de acordo com o Relatório Global sobre Crises Alimentares. Isso representa um aumento de mais de 20 milhões em relação a 2019, e a tendência é piorar este ano.

O relatório destaca que conflitos, extremos climáticos e choques econômicos, muitas vezes relacionados às consequências econômicas da COVID-19, provavelmente continuarão sendo os principais causadores da insegurança alimentar aguda no período de agosto a novembro deste ano.

Ameaças transfronteiriças também são um fator agravante em algumas regiões. Em particular, infestações de gafanhotos do deserto no Chifre da África e enxames de gafanhotos migratórios na África Austral.

O relatório alerta que a ação humanitária é urgentemente necessária para prevenir a fome e a morte em todos os 23 enfoques críticos.

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