OMS adverte que “risco do vírus é inevitável” nos jogos olímpicos de Tóquio

O chefe da OMS, Tedros Ghebreyesus, destacou “a natureza única” das Olimpíadas de Tóquio 2020
Por Redação

Foto: Reprodução Tedros Adhanom Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde
Tedros Adhanom Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde
Foto: Reproduçãoolimpíadas de Tókyo

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, OMS, as Olimpíadas de Tóquio não devem ser avaliadas pela contagem dos casos da Covid-19 que surgem, por ser “impossível a eliminação do risco”. A declaração foi feita nesta quarta-feira(21), pelo diretor-geral da Organização, Tedros Ghebreyesus. 

O chefe-geral da OMS, discursava na capital do Japão durante a 138ª sessão do Comitê Olímpico Internacional, COI. A reunião dos dirigentes desportivos foi aberta dois dias antes do início dos Jogos. Ele destacou “a natureza única” das Olimpíadas de Tóquio 2020. A agência da ONU prestou assessoria técnica ao COI e ao país anfitrião sobre as formas de proteção da saúde pública durante os preparativos. 

Tedros Ghebreyesus disse às autoridades desportivas que “a forma como as infecções são tratadas é o que mais importa”. Para ele, a marca do sucesso do evento é garantir que todos os casos sejam “identificados, isolados, rastreados e tratados o mais rápido possível, e que a transmissão posterior seja interrompida.” 

Este mês já foram confirmados pelo menos 79 de casos de Covid-19 associados às Olimpíadas do Japão. Vários atletas que testaram positivo ainda em seus países  foram impossibilitados de viajar para os jogos. Tedros  defende não haver “risco zero na vida”, acrescentando que o Japão está “encorajando o mundo inteiro”.  

O chefe da OMS voltou a incentivar os líderes dos países ricos a compartilhar vacinas de uma forma mais justa com outras nações. Ele realçou que “a pandemia é um teste e que o mundo está falhando”. A previsão é que ocorram mais de 100 mil mortes em nível global devido à Covid-19, antes do apagar da chama olímpica de Tóquio em 8 de agosto. 

Ghebreyesus considera “uma terrível injustiça” que apenas 10 países tenham administrado 75% das vacinas do mundo.